quarta-feira, 9 de junho de 2010

Anos 2000 - A fase io-iô/ 2000s - Phase yo-yo

No carnaval temático dos 500 anos do Brasil, com o enredo "No ano 2000 a São Clemente é Tupi, com Sergipe na Sapucaí", a São Clemente destacou as riquezas culturais, históricas e naturais de Sergipe, dos sítios arqueológicos ao seu fabuloso folclore, questionando os 500 anos do Brasil, de forma respeitosa, incorporando o indígena não como ser exótico, mas como elemento da nossa identidade histórica. Em anos cada vez mais competitivos, a escola fez uma parceria com o governo de Sergipe, fugindo um pouco de seu estilo.

No carnaval de 2001, com fantasias leves, bem-humoradas e claras, o enredo "A São Clemente mostrou e nada mudou nesse Brasil gigante" fez referência aos diversos enredos antigos e críticos da escola. Logo no abre-alas, todo branco e prata, a escola pedia paz em pequenos estandartes que enfeitavam o carro: um enorme balde, com duas garrafas de champanhe, cercado por taças. A festa que a escola levou para a avenida era a resposta aos que fazem do país um lugar nem sempre alegre. Por isso, depois do abre-alas, vinha a dura realidade: a alegoria da favela tinha sinais de trânsito, postes com fios e placas onde se lia "não jogue lixo", além de vasos sanitários que serviam de base para os destaques.

2002: No ano dos enredos comercializados, a São Clemente não fugiu à regra. A São Clemente comemorou os 40 anos de avenida com um tema de alerta para a necessidade de preservação do meio ambiente: "Guapimirim, paraíso ecológico abençoado pelo Dedo de Deus". O alerta veio logo atrás da comissão de frente, com as 180 baianas. A ala desfilou divida com fantasias em duas cores (branco e preto), representando a Baía de Guanabara, suas águas e a poluição. Com carros gigantescos, a escola teve problemas com um deles, que quebrou e os destaques tiveram que desfilar no chão. Era o segundo carro que apresentava os primeiros sinais da presença do homem na região de Guapimirim - que significa "nascente pequena", na língua indígena. Com alguns problemas na evolução, a escola acabou disputando com a Tradição o rebaixamento, levando a pior, talvez por ter sido a primeira a desfilar, posição comumente sacrificada pelos jurados. A escola mudou, as alegorias cresceram, não houve racionamento de alegria, mas ainda assim precisava de algo mais.

No ano seguinte, a São Clemente novamente se sagraria campeã do Grupo de Acesso do carnaval carioca. O último título havia sido conquistado em 1966. A escola obteve nota máxima em todos os quesitos com um belo desfile em homenagem ao município de Mangaratiba. O resultado, porém, foi contestado pelas demais concorrentes.

2004: No ano das reedições, a São Clemente abriu o desfile e também revisitou, não um enredo, mas sua tradição de carnavais bem-humorados, marcados pela crítica política e social, irreverentes, abandonada nos últimos anos. Sob pressão de deputados e senadores, Milton Cunha foi obrigado a mudar na última hora a escultura que mostrava Tio Sam sentado no Congresso como num vaso sanitário no enredo "Boi voador sobre o Recife - Cordel da galhofa nacional". Prejudicada pela chuva, a irreverência do enredo, que partiu da primeira cobrança de pedágio do Brasil, por Maurício de Nassau, no Recife, para criticar ferozmente os políticos brasileiros, não foi suficiente para manter a escola de Botafogo no Grupo Especial. O boi voou, a escola caiu e ele aterrissou e fincou o pé em Brasília em pleno governo petista.

No ano seguinte, apesar de desfilar para arquibancadas quase vazias, no fim de uma chuvosa madrugada, a São Clemente emocionou e divertiu quem ficou para ver "Velho é a vovozinha: a São Clemente enrugadinha e gostosinha". A escola entrou na Sapucaí com uma enorme escultura de um preto velho no abre-alas. A irreverência e a alegria estão de volta, mas a modernidade chegou na frente da São Clemente meia-idade.

Em 2006 a São Clemente entrou luxuosa e com carros grandes e bem acabados na sua homenagem a dupla Luiz Gonzaga e Gonzaguinha. A São Clemente arrebatou o estandarte de ouro de melhor escola, mas ficou apenas com o vice-campeonato. A São Clemente entrou na avenida disposta a acabar com todos os tipos de preconceitos. O enredo ‘Barrados no Baile’ trouxe hippies, gays, nordestinos, funkeiros, black power e todas as tribos sujeitas a qualquer tipo de discriminação se espalharam por suas 1.400 fantasias. Com 2.500 componentes na Avenida, a São Clemente não cometeu deslizes e conquistou o título do Grupo de Acesso A, que lhe deu o direito de voltar ao Grupo Especial em 2008.

2008: De volta ao Grupo Especial, a São Clemente abriu os desfiles com luxo, ao apresentar a chegada da família real portuguesa ao Brasil, em 1808, sob a ótica da mãe do Rei Dom João VI, Dona Maria, "a Louca". O menor tapa-sexo usado no Carnaval levou à fama a modelo Viviane Castro . Os 3,5 cm de pano, no entanto, custaram 0,5 ponto à escola. A Comissão de Verificação das Obrigatoriedades Regulamentares da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro entendeu que a passista estava nua, o que é proibido pelo regulamento. A punição prejudicou a escola, mas não foi a causa de sua queda para o Grupo de Acesso.

No seu retorno ao Grupo de acesso A, a São Clemente abriu pela segunda vez o desfile, nesse grupo, com a manutenção do carnavalesco Mauro Quintaes, que iria desenvolver um enredo sobre a malandragem com o carnavalesco Wagner Gonçalves, mas a direção da escola resolveu mudar e trouxe Alexandre Louzada, para desenvolver o carnaval ao lado de Mauro Quintaes, o enredo O Beijo Moleque da São Clemente. A escola foi prejudicada pela organização dos desfiles, já que não liberaram a área de concentração, o que fez com que o desfile sofresse um atraso de mais de 40 minutos. A escola contou a história do primeiro palhaço negro Benjamin de Oliveira. A escola ficou na 4ª colocação com 238,5 pontos, permanecendo no mesmo grupo em 2010.


In the carnival theme of 500 years of Brazil, with the theme "In 2000, San Clemente’s Tupi, and Sergipe in Sapucai," Clement said the cultural riches, historical and natural Sergipe, archaeological sites to your fabulous folklore, questioning the 500 years of Brazil, in a respectful manner, incorporating indigenous not be as exotic, but as part of our historical identity. In years increasingly competitive, the school has partnered with the Government of Sergipe, running a little style.

During Carnival 2001, with costumes light, humorous and clear, the plot, "The San Clemente and nothing was changed in Brazil Giant" made reference to the various plots and critics of the old school. Once in the open wards, all white and silver, the school sought peace in small banners that adorned the car: a large bucket with two bottles of champagne, surrounded by bowls. The party that led the school to the venue was the answer to those who make the country a place not always happy. Therefore, after the open wards, came the harsh reality: the allegory of the slum had traffic signals, poles with wires and plates that read "Do not throw garbage" as well as toilets that formed the basis for the highlights.

2002: The year of the plots sold, San Clemente was no exception. The San Clemente celebrated 40 years of Avenue with a theme of alert for the need to preserve the environment, "Guapimirim ecological paradise blessed by the Finger of God." The warning came just behind the front commission, with the 180 Bahia. The wing paraded in costumes divided in two colors (black and white), representing the Guanabara Bay, its waters and pollution. With giant car, the school had problems with one of them, and that broke the highlights had to parade on the floor. It was the second car that had the first signs of man's presence in the region of Guapimirim - which means "little spring" in the indigenous language. With some problems in evolution, the school ended up fighting with the demotion Tradition, leading to worse, maybe because it was the first to parade, a position often sacrificed by the jury. The school has changed, the floats grew, there was no shortage of joy, but still needed something more.

The following year, San Clemente again that sacred field of Access Group of Rio's carnival. The last title was won in 1966. The school received top marks in all items with a parade in honor of the beautiful city of Mangaratiba. The result, however, was challenged by other competitors.

2004: The year of reissues, San Clemente opened the parade and also revisited, not a plot, but its tradition of carnivals humorous, marked by political and social criticism, irreverent, abandoned in recent years. Under pressure from deputies and senators, Milton Cunha was forced to move at the last minute sculpture depicting Uncle Sam sitting in Congress as a toilet in the plot Boi flying over the reef - Cordel of national mockery. " Hampered by rain, the irreverence of the plot, who started the first toll of Brazil, Mauricio de Nassau, Recife, to fiercely criticize the Brazilian political, was not enough to keep the school in Botafogo Special Group. Bullock flew, the school fell and he landed and stuck his foot in Brasilia in full PT government.

The following year, despite parade for nearly empty bleachers at the end of a rainy morning, and moved to San Clemente who was amused to see "Old is the grandmother: San Clemente wrinkly and delicious. The school entered the Sapucaí with a huge sculpture of an old black man in open wards. The irreverence and joy are back, modernity but arrived in front of San Clemente midlife.

In 2006 San Clemente signed with luxury cars and large and well finished in double tribute to Luiz Gonzaga and Gonzaguinha. The San Clemente snatched the gold standard of the best school, but was left with only the runner-up. The San Clemente entered the avenue prepared to end all forms of prejudice. The plot of 'Beverly Hills' brought hippies, gays, Northeastern, funkers, black power and all the tribes subject to discrimination of any kind spread for their 1400 costumes. With 2,500 components on the Avenue, San Clemente did not make slips and won the title of The Access Group, who gave him the right to return to the Special Group in 2008.

2008: Back to the Special Group, the San Clemente opened the parade with luxury, in presenting the arrival of the Portuguese royal family to Brazil in 1808, from the perspective of the mother of King Dom Joao VI, Dona Maria, "the Mad". The lowest codpiece used in Carnival fame led to the model Viviane Castro. The 3.5 inches of cloth, however, cost 0.5 points to school. The Commission for Regulatory Auditing of Obligations of the Independent League of Samba Schools of Rio de Janeiro found that the dancer was naked, which is prohibited by regulation. The penalty hurt the school, but was not the cause of his downfall to the Access Group.

On his return to the Access Group A, Clement opened the parade for the second time in this group with the maintenance of the carnivalesque Quintaes Mauro, who would develop a story about the trickery with the carnivalesque Wagner Goncalves, but the school board decided change and brought Alexandre Louzada, to develop the carnival alongside Mauro Quintaes, the plot of Kiss Moleque San Clemente. The school was damaged by organizing parades, since not released the area of concentration, which led the parade was delayed for more than 40 minutes. The school told the story of the first black clown Benjamin de Oliveira. The school was in 4th place with 238.5 points, staying in the same group in 2010.

Nenhum comentário:

Postar um comentário